Novo, novidade, início, começo, gênese, estreia! E o fim?!

Pois é, aderi. Finalmente aderi ao blog, ao universo fantástico da web 2.0. Mas espera, já não estamos na era do Twitter, da web 3.0? ih, parece que ando meio atrasado então...

É difícil entender o começo, a gênese das coisas. Quando damos início a algo, por mais inútil e insensato que possa parecer, damos nosso máximo, procuramos nos inserir realmente no sentido da coisa. Mas é estranho saber que esse início, ao qual tanto damos nosso sangue, um dia acaba. E todo aquele imenso castelo que criamos, toda aquela grandeza que construímos, acaba às vezes da maneira mais simplória. Realmente, como diz o poeta Marcelo Camelo, todo carnaval tem seu fim. Mas então por quê quando ele começa? Por exemplo: todo aquele rebuscamento da língua portuguesa foi substituida por algumas sanções: acabaram o trema e um pouco do hífen. O "k", "w" e "y" pedem licença. Os hiatos "oo" e "ee" não mais são acentuados, enfim... Será que Camões algum dia pensaria nisso? Será que algum dia ele pensaria também que o vestibular seria subsituído por uma prova tão insignificante como o ENEM? E que a prova seria roubada nas vésperas do dia da aplicação? Hum... perguntas convenientes.

Talvez procuramos adaptar os acontecimentos ao nosso contexto; ou melhor, à nossa conveniência. Adoramos ser convenientes, facilitar as coisas, criar atalhos. Adoramos nos auto-afirmarmos. "Minha mãe é chata, mas não fale mal dela". "Meu carro custa a pegar no tranco, mas poxa... ele é de estimação". "Adeio física, mas afinal quando vou aplicar essas fórmulas em minha vida?" (essa é clássica). É doce apunhalar nossas deficiências, mas não as apontem para mim, por favor! É a teoria da relatividade cotidiana: "é certo, mas somente para mim".

Talvez a teoria da relatividade seja relativa.

Bom, eles me dizem que estou no topo do jogo. Que me importa?