Inevitável.

Inevitável. Pronto, é isso. Sei que é clichê mesmo, mas é inevitável. A decepção é sempre inevitável; sei que é difícil mesmo lidar com essas palavras: "inevitável" e "decepção". Sei também que estou enxendo o saco falando tanto "inevitável, inevitável, inevitável", mas me perdoe, é que realmente quero dar ênfase à palavra.

Um dia eu ouvi uma frase (também muito clichê, por sinal) que me deixou indignado, e olha que eu não fico indignado com qualquer coisa. Era mais ou menos: "Puxa, me decepciono tanto com as pessoas, acho que sou muito inocente, confio demais nelas". Puxa, agora você etendeu o motivo da minha indignação! E claro que você concorda, não é?

Ainda não entendeu? Tá, eu explico.

Eu entendo perfeitamente que é difícil depositar confiança nas pessoas. Porque pessoas falham, e muito. Mas a falha não é consequência de tentativas? Então nos devia bastar o fato de elas ao menos tentarem. Afinal de contas, somos humanos, uma de nossas essências é a necessidade do outro. O outro nos faz muita falta.

Ao decorrer deste ano eu já visitei 3 velórios, e me incomoda muito nossa terrível mania de lamentar as possíveis coisas que faríamos se fulano estivesse presente. Nós hesitamos enquanto há tempo e lamentamos quando o tempo passa.

Agora você está entendendo, não é?

Pois é, quando percebo alguém que acredita na humanidade e nas pessoas eu me realizo. Afinal de contas, devemos sim confiar demais delas, pois elas podem muito. Jesus Cristo pôde muito, e fez muito. Mahatma Ghandi e Madre Tereza de Calcutá puderam muito, e fizeram muito. Por que não podemos nos inspirar, e fazermos muito? Parece que estamos perdendo o significado de Bem, do Amor. As coisas passaram a ser automáticas, prontas, mecânicas... mas os valores não são mecânicos. São construídos, dia-a-dia, passo-a-passo, arduamente. Basta disposição para fazê-lo. Repito: a decepção é sim inevitável, mas tentativa significa a possibilidade de erro.

Aí vai outro chichê: o filme A Corrente do Bem. Muito clichê, não? Mas ainda sim me é fonte de inspiração. É o retrato do bem sem medidas, incondicional. Eu proponho uma corrente do bem em nosso cotidiano. Não somente a três pessoas, mas a incontáveis delas. Passar a frente a consequência do (verdadeiro) Amor. Que tal trazermos a ficção à realidade?



Pronto. Deixo aqui meu momento de indignação.

Bom, eles me dizem que estou no topo do jogo. Que me importa?

3 observações:

Tanure disse...

Bom Marcão, te flei q ia comentar aqui tbm,ne??

axei esse post fantástico....eu me vi um pouco nele...mas dps de pensar vi q todo mundo se ve nele....hj confio somente em uma só pessoa...aprendi a confiar nela....vc sabe mto bem quem...hehe

sua habilidade de envolver as pessoas na escrita é uma coisa fantástica tbm!!!

Parabéns pelo blog!!!
abração!!

Otávio Zonatto disse...

Marcão, Marcão! Sensacional! Ow, não sei mais como estaria meu ânimo se não convivesse com pessoas como você, pessoas que acreditam no Amor.
A decepção é realmente inevitável e às vezes parece que vai dar tudo errado, às vezes realmente dá tudo errado, mas é preciso ainda assim acreditar no Amor e... a todo momento é preciso ter pessoas como você. Grande abraço, Marcão. [e o texto do niver? lá no meu blog ele já bombou, rs. quero ver o seu]

BERNUCCI disse...

Marcão!! simplesmente blog sensacional!!!
parabéns pelo blog!

acesse lá depois tbm:

musicavezesmusica.blogspot.com

abração irmaum!!!!

obs: somos viciados em net né fi!!
ahushuashusa

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